Análise de Transformers: A Era da Extinção por Januncio Neto

Januncio Neto
Januncio Neto

Antes de falar propriamente de Transformers: Age of Extinction (Transformers: A Era da Extinção) acredito que seja salutar ponderar algumas questões sobre a “crítica especializada-entendida-metida a besta” que se apossou do direito de dizer o que é bom ou não é, seja relacionado a filmes ou a qualquer outro assunto, principalmente se forem ligados à cultura pop.

Tecnicamente a maior parte do problema não esta em quem emite sua opinião, mas no público que acaba (algumas vezes involuntariamente) inflando egos e dando a algumas pessoas um “poder” que elas sequer têm.

Pensar por si mesmo ainda é uma das melhores coisas que um ser humano pode fazer, então, por mais que alguém tenha propriedade (ou pense que tem) para falar sobre determinado assunto, ainda cabe a você avaliar e tomar suas próprias decisões.

Agora, voltemos a nossa programação normal…

 

Blog Image Gallery Teaser - Transformers 4 12

 

 O Filme

No dia 17 de julho estreou, no Brasil, Transformers: A Era da Extinção, o mais novo filme do diretor Michael Bay produzido por Steven Spielberg,  que marca o inicio de (para o desespero de muitos) uma nova trilogia dos Transformers. Mark Wahlberg, Nicola Peltz, Jack Reynor, Titus Welliver, Stanley Tucci e Kelsey Grammer são os principais nomes do elenco (humano) do filme.

Peter Cullen (Optimus Prime), Frank Welker (Galvatron), Ken Watanabe (Drift), Robert Foxworth (Ratchet), John Goodman (Hound), John DiMaggio (Crosshairs), Reno Wilson (Brains) e Mark Ryan (Lockdown), são responsáveis pelas vozes dos protagonistas robóticos.

Cinco anos após o grande confronto entre Autobots e Decepticons que devastou Chicago, a humanidade decide não mais ficar passiva diante dos confrontos entre os remanescentes da guerra cybertroniana. A CIA começa uma caçada a qualquer Transformer que seja detectado, sob a justificativa de impedir a volta dos Decepticons restantes, mas existem novas regras e os humanos perderam sua fé nos Autobots.

Enquanto isso, Cade Yeager (Mark Wahlberg), um “cientista especializado em robótica” encontra um caminhão abandonado, sem imaginar que o veículo é na verdade Optimus Prime, o, até então, desaparecido líder dos Autobots. O ressurgimento de Optimus é o ponto de partida para que Cade, sua filha Tessa Yeager (Nicola Peltz) e o jovem piloto Share Dyson (Jack Reynor) sejam tragados para o novo conflito que se inicia com a ameaça de Lockdown, Galvatron e dos novos inimigos transformáveis criados por Joshua Joyce (Stanley Tucci) e a KSI.

Apenas a união entre os Autobots e os lendários Dinobots (Grimlock, Scorn, Slug e Strafe) podem evitar a extinção da raça humana.

 

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O que eu vou encontrar nesse filme?

Se você já acompanhou a primeira trilogia dos Transformers, já tem ideia do que vai encontrar em a Era da Extinção, afinal é um filme com a assinatura do Michael Bay, com todos os prós e contras que envolvem o diretor americano.

Mas por que fazer uma nova trilogia dos Transformers e manter Michael Bay como diretor? A resposta é muito simples.

Transformers: A Era da Extinção vem dominando o topo das bilheterias americanas e conquistando recordes nos cinemas do mundo em apenas 15 dias. Depois de ter faturado 100 milhões de dólares em seu primeiro final de semana nos cinemas norte-americanos, o filme acumulou mais 36 milhões na primeira semana, e hoje soma 227 milhões de dólares apenas nos Estados Unidos. Antes da estreia no Brasil, dia 17 de julho, a sequência já passava a marca de 800 milhões de dólares no mundo inteiro.

Antes mesmo da sua estreia oficial no Brasil, o filme já acumulava mais de 494 mil espectadores e cerca de um milhão e duzentos mil ingressos vendidos, durante as várias sessões de pré-estreias e vendas antecipadas. Apenas na China o blockbuster já faturou mais de 262 milhões de dólares, tornando-se a maior bilheteria de todos os tempos no país.

Michael Bay pode não ser o diretor favorito dos “críticos especializados” e muito menos dos haters da blogosfera, mas ele é o cara que todos os executivos dos grandes estúdios querem ter sob contrato. Michale Bay mais do que o cara que gosta de explodir tudo e todos, é o cara que faz filmes lucrativos (questionáveis, mas muito lucrativos).

Se você é fã de Transformers (e nem todo fã de Transformers gosta dos filmes do Michael Bay) pode sair do cinema contente e com a sensação que seu rico e suado dinheirinho foi bem gasto, mas é preciso levar algumas coisas em consideração, já outras basta fazer vista grossa e simplesmente se permitir curtir o filme.

Mesmo sendo o começo de uma nova trilogia, me incomodou muito a opção de Bay de praticamente não fazer menção ao elenco da trilogia anterior O que aconteceu com o Sam (mesmo muita gente detestando o Shia LaBeouf)? Não da pro Optimus fazer de conta que ele e os demais personagens simplesmente não existiram. Mas se tratando de um filme do Michael Bay também não da pra esperar que algo assim não acabe ocorrendo.

O filme é muito simples de se entender (talvez simples até demais, em alguns momentos), mas tudo converge para a ação e o confronto dos Autobots remanescentes contra a ameaça de Lockdown e Galvatron.

Os novos Autobots ainda precisam de mais um tempo para ter o prestígio dos anteriores, mas Hound (John Goodman) é um dos destaques do filme, e os Dinobots colocam tudo à baixo, literalmente, garantindo algumas das melhores cenas de ação do filme.

Apesar de longo (2:45 minutos), eu não o achei cansativo, provavelmente pelo fato de ser fã de Transformers (desde 1986 pra ser mais exato) e conseguir me divertir com um filme que pra muitos “entendidos” é fraco e desnecessário.

Os fãs provavelmente irão querer assistir a Transformers: A Era da Extinção. Se você é daqueles que vão ao cinema para esquecer os problemas e quer apenas se divertir, vai gostar do filme. Se for fã de explosões e ação desenfreada, então vai tirar a sorte grande! Mas se você é um cara de gosto refinado e/ou se acha inteligente demais pra ver um filme baseado numa série de brinquedos, onde robôs se transformam em carros e dinossauros gigantes, é bom passar longe da sala de cinema que exibe o filme.

 Mas seja qual for a sua escolha, nunca deixe de tirar suas conclusões e ser o protagonista do seu direito de ter opinião própria!

 

Transformers - Age of Extinction Promo

 

 

Januncio Neto é professor de roteiro na escola de desenhos para HQs do Studio Made in PB, colecionador de HQs, Action Figures e Filmes, e gostaria de ter dinossauros cybertronianos para enfrentar o trânsito na hora do rush ao som de Battle Cry!

3 comentários sobre “Análise de Transformers: A Era da Extinção por Januncio Neto

  1. Januncio, muito boa a sua analise. É como você disse: cada um tem que expressar sua opinião, não ir na onda dos outros que dizem o que é bom ou não para se ver. Quem conhece Michael Bay, já sabe o que esperar… Eu mesmo não o conhecia até os Transformers e não gostei da forma como ele conduz a história. Entretanto agora tou vacinado e sei o que vai ter. Esse último filme continua a dever, entretanto achei mais próximo do primeiro que gostei. Ele não tendo os militares malas dos outros filmes já ganhou os seus méritos.

    Em breve farei as minhas resenhas nos meus blogs… Abraço!

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